domingo, 4 de setembro de 2011

HISTÓRIA DO BAIRRO DE NAZARÉ

NAZARÉ

O bairro de Nazaré, que antigamente se escrevia com TH, se desenvolveu em torno das freguesias de São Pedro, de Santana do Sacramento e, mais tarde, da freguesia de Nossa Senhora de Brotas. O conceito de bairro começou a surgir no final do século XIX. Localizado no centro de Salvador, entre os bairros de Brotas, Tororó , Barbalho e do Centro Histórico, Nazaré tem como coluna vertebral a Avenida Joana Angélica. Em torno desta, outras localidades, como o Jardim Baiano, a Saúde, a Mouraria e a Lapa, são consideradas por estudiosos como sub-bairros que fazem parte de Nazaré. No bairro existem duas grandes praças: o Campo da Pólvora e o Largo de Nazaré, além de diversos outros monumentos históricos da cidade, como o Fórum Rui Barbosa – que guarda os restos mortais do seu patrono – diversas igrejas, escolas, hospitais e estações de ônibus e Metrô.

Fonte:PEREIRA, Manoel Passos. Historia do Bairro de Nazaré – Uma experiência Participativa. Salvador, FUNCEB, 1994


 
Área
CENTRO
 
Depoimentos
RUA DA INDEPENDÊNCIA
Rua da Independência, ela é uma rua fabricada, ela é uma rua resultante de um plano, de um projeto, nasceu na prancheta como várias outras na cidade de Salvador nasceram na prancheta. A rua da Independência é um caso desses, ligando o bairro de Nazaré com a Praça de Guadelupe, que mais tarde chamou-se Praça dos Veteranos, nome aposto. É uma rua que é da segunda metade do século XIX. O conselheiro Junqueira morava numa casa que hoje é a Casa de Angola, ali, na Praça dos Veteranos. Ele era uma espécie de patriarca sobrevivente das lutas pela independência. Todos os anos reuniam-se as pessoas na casa dele, ou na Praça dos Veteranos, veteranos da independência, para fazer homenagens aos heróis do Dois de Julho. Numa dessas festas inaugurou-se a rua nova e deu-se o nome, óbvio, de Independência, em função de ser a homenagem prestada aos heróis do Dois de Julho. (Cid Teixeira)
www.cidteixeira.com.br

MOURARIA
”No caso da Bahia, não foram mouros propriamente ditos, foram ciganos; mas isso é uma distinção que você está fazendo agora, na época, veio de fora, não era português, era mouro. Mouraria tem tudo a ver com o bairro da Mouraria lá, em Lisboa, dos judeus, como é um gueto, para usar uma palavra mais divulgada. O gueto dos judeus é a Mouraria dos mouros, é o lugar de confinamento dos moradores que eram maometanos.” (Cid Teixeira)
www.cidteixeira.com.br

SOBRE OS LIMITES DE NAZARÉ

“Quando você dá na Praça dos Veteranos, você não está em Nazaré, mas sobe a Independência já é Nazaré, Santana...Mouraria com certeza é um apêndice de Nazaré. Há graduações, eu acho que o Severino é mais Nazaré do que o Central, porque o Central é junto da Lapa, já perto da Piedade”
Caetano Veloso

“O limite do bairro é fácil! Começa onde era a antiga Faculdade de Direito, onde hoje é a Justiça Federal na Lapa e vai até a Bela Vista do Cabral. Depois do Jardim de Nazaré tinha o Cabral, a Bela Vista do Cabral e o Limoeiro acabava ali e tinha ruas laterais. O bairro era esse: do Convento da Lapa, da entrada do Convento da Lapa ali onde era a Faculdade de Direito até a Bela Vista do Cabral, era considerado o Bairro de Nazaré”
José Augusto Berbert de Castro

“Nós somos um povo sem memória. Além de mal informados. Como a condução trazia o letreiro de Nazaré, o povo começou a englobar na denominação de Nazaré todos os arruamentos a partir da Lapa. Para mim Nazaré vai de Santa Clara e termina no largo. Pelo menos era assim que eu ouvia se dizer quando eu era menina, no tempo em que não havia a Rua Dom Bosco e também a Dom Domingos Sávio.
Aliás, penso não existir concordância na divisão que o povo faz a propósito dos bairros e as divisões eclesiástico-administrativas e eleitorais. Tudo fica confuso. Principalmente para mim, que quando nasci ainda se utilizava a expressão “Freguesia de Nazaré”. Devo declarar que: nasci no Jenipapeiro, me criei na Poeira e morei durante 38 anos no Largo de Nazaré (1940-1978)”.
Hildegardes Vianna

“O bairro está religiosamente dividido em três paróquias: Saúde, Nazaré e Santana.”
Padre Luna

Fonte:PEREIRA, Manoel Passos. Historia do Bairro de Nazaré – Uma experiência Participativa. Salvador, FUNCEB, 1994

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